Iniciar o próprio negócio é o sonho de muitos indivíduos. Esta vontade tem vindo a aumentar nos últimos anos devido maioritariamente ás histórias de grande sucesso que empreendedores e as suas startups tiveram porque arriscaram e não descansaram enquanto não alcançassem os seus objetivos. Este desejo pode ser entusiasmante, mas também assustadora. Um dos passos da abertura de uma empresa são as vantagens e desvantagens de parcerias.
O alto custo que empreender acarreta e o alto risco associado faz com que muitos indivíduos desistam dos seus sonhos, chegando a nem sequer ponderar essa hipótese. Ter um sócio para acompanhar nesta aventura pode ser a solução a este receio, mas não é uma solução para todos. Uma das dúvidas mais frequentes que os empreendedores se deparam, especialmente numa fase muito embrionária do seu negócio, é se devem ter um sócio ou não. A resposta não é direta e há que tomar a decisão se iniciar a startup com um ou mais parceiros ou por conta própria. Neste artigo encontram-se enumeradas as vantagens e desvantagens de parcerias para startups.
Vantagens em ter um sócio
Menor risco financeiro
Com um parceiro ou vários parceiros, existe mais capital disponível o que leva a que os riscos financeiros também sejam compartilhados. Assim, reduz-se o impacto de eventuais perdas ou dívidas, principalmente no início da empresa.
Competências complementadas
Ninguém possui todas as competências necessárias para o sucesso do negócio. Assim, o empreendedor ao selecionar sócios que tenham diferentes conhecimentos e competências que as suas, irá permitir uma maior complementaridade de competências. Assim, proporciona um enriquecimento da startup.
Responsabilidade compartilhada
Com um sócio ao lado, o empreendedor terá alguém com quem compartilhar a responsabilidade do negócio. Ou seja, pode partilhar as preocupações e distribuir tarefas da atividade empresarial e consequentemente obriga a um trabalho e organização mais exigente. Além disso, pode permitir que melhores decisões sejam tomadas uma vez que duas cabeças pensam melhor que uma.
Maior apoio mútuo e motivação
Ter um sócio é ter alguém que o empreendedor pode contar. Além disso, é alguém que trabalhará arduamente para o mesmo objetivo: alcançar o sucesso da empresa.
Maior estabilidade e credibilidade
Investidores, clientes e fornecedores sentem-se mais seguros e confiantes com sócios. Ou seja, quando vêem duas ou mais pessoas a trabalhar juntas num negócio. A capacidade de o empreendedor obter sócios para o seu negócio transmite a ideia que esta é profissional, equilibrada e credível.
Desvantagens em ter um sócio
Divisão dos lucros
Ao ter um sócio, obrigatoriamente terá de haver partilha dos lucros do negócio. Ou seja, a partilha de responsabilidade é para situações boas e para situações más. Ou seja, esta divisão de lucros nem sempre parece a escolha ideal para muitos empreendedores, o que se calhar mostra que é melhor empreender sozinho.
Problemas nas relações pessoais
Esta situação é mais frequente quando um negócio é iniciado com familiares ou amigos. Divergências sobre o rumo do negócio ou incompatibilidade de personalidades pode provocar atritos entre estes indivíduos e até mesmo que relações sejam cortadas.
Decisões tomadas em conjunto
Todas as decisões devem ser tomadas em conjunto entre o empreendedor e os sócios, o que pode originar desacordos sobre o rumo do negócio quando não haja consenso entre as duas partes. Estes desacordos podem originar atritos entre estes e até mesmo a dissolução de parceria.
Menor flexibilidade pessoal
Ao ter um sócio, o empreendedor não terá tanta liberdade de desenvolver o negócio da maneira que deseje. Aqui, normalmente terá de definir um horário de trabalho e as tarefas terão de ser equilibradas entre os sócios.
Uma vez apresentadas as vantagens e desvantagens de parcerias, é necessário determinar o que importa mais. De um modo geral, os especialistas afirmam que parceiras para criação de um negócio são vantajosas. Cabe ao empreendedor analisar as especificidades do seu negócio, bem como os seus pontos fortes e as suas limitações enquanto profissional, sem esquecer os seus recursos, o seu estilo de trabalho e os seus objetivos pessoais.
Obter um sócio para fins financeiros é o mais comum que existe neste ambiente empreendedor, mas a personalidade deste também deve ser relevante para evitar futuros conflitos possíveis devido a diferenças de visão do negócio. Também é essencial que as habilidades se complementem de modo a obter as competências necessárias para conseguir alcançar o sucesso.
É preciso ter em conta também que iniciar negócios com amigos e familiares é muito diferente do que conviver com estes fora do contexto profissional. Assim, o empreendedor deve assumir uma posição profissional desde o início e garantir em conjunto com o seu sócio ou sócios, que os deveres e responsabilidades de cada um sejam detalhados num contrato formal. Este documento deverá conter explicitamente a divisão de trabalho, a quantidade de capital que cada um contribuirá, o que cada um possui, como as decisões serão tomadas, como os lucros serão compartilhados, entre outros tópicos essenciais a fim de evitar futuros conflitos e mal entendimentos.
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