O termo “startup” tem ganho bastante popularidade nos dias de hoje. Há cada vez mais indivíduos interessados em tornarem-se empreendedores e por conseguinte, abrirem o seu próprio negócio. Por isso, existem também mais entidades interessadas em auxiliar novas empresas.
Embora a sua presença na sociedade atual seja notória, este conceito ainda suscita alguma incerteza acerca do que realmente significa e o que representa.
Mas afinal o que é uma startup?
A primeira coisa que é necessário entender sobre startup é que não existe uma definição precisa acerca deste conceito, uma vez que este significado é bastante abrangente.
Segundo Neil Blumenthal, cofundador e co-CEO da Warby Parker:
“A startup is a company working to solve a problem where the solution is not obvious and success is not guaranteed”
Ainda que esta afirmação esteja correta, não define toda a filosofia existente por de trás deste conceito. Por isso, encontram-se enumeradas de seguida o conjunto de caraterísticas que todas as startups têm em comum.
Inovação
Um negócio deste tipo precisa de ter um fator diferenciador da concorrência a fim de obter vantagem competitiva existente no mercado. Esta inovação pode estar presente nos seus produtos ou então no modelo de negócio associado à empresa.
A inovação desempenha um papel essencial no sucesso de uma startup, por isso todos os empreendedores devem considerar seriamente sobre este aspeto.
Idade
Uma startup é uma nova empresa que ainda se encontra nas fases iniciais de gestão de marca, vendas e contratação de empregados. É muito frequente a atribuição deste conceito a empresas que se encontram no mercado à menos de 3 anos, contudo, isto não corresponde à realidade. Ou seja, uma empresa pode ter 7 anos e ser ainda uma startup.
Deixar de ser uma startup não depende apenas da sua idade mas sim de um conjunto específico de caraterísticas.
Crescimento
Uma startup é uma empresa cujo objetivo é crescer e expandir rapidamente, tomando até proporções por vezes drásticas. Este é um dos pontos que distingue startup de uma pequena empresa.
Risco
Uma vez que uma startup tem a vertente inovadora fortemente presente, existem sempre várias incertezas associadas sobre a garantia de sucesso do negócio. Por este motivo, estas empresas são consideradas investimentos de risco com uma taxa de falha elevada.
Flexibilidade
Uma startup é muito dinâmica e pronta a adaptar-se ás adversidades que possam surgir. Devido à necessidade de validação da sua ideia de negócio, estas empresas precisam de estar prontas para adaptar o seu produto de forma a servir ás exigências dos clientes.
Esta caraterística também está presente no modelo de negócios pois existe a necessidade de encontrar um modelo de negócio sustentável.
Resolução de um problema
Associado à sua vertente inovadora, este tipo de empresa foca-se em solucionar algum problema existente no mercado. Assim, estas focam-se em fazer a diferença não só no mercado mas também na vida das pessoas, através do seu produto ou serviço.
Escalabilidade
Uma startup é uma empresa em constante procura de um modelo de negócio que seja escalável e repetível, ou seja, que consiga crescer sem que haja a necessidade de aumentar os recursos humanos ou financeiras.
Equipa de trabalho
Estas empresas normalmente são constituídos por um número muito reduzido de pessoas. Apesar de não ser o único fator determinante para a designação de startup, é bastante comum definir que na sua equipa de trabalho existem menos de 100 pessoas.
Em suma, podemos considerar que uma startup é uma empresa que se encontra nas fases iniciais de desenvolvimento com o objetivo de resolver problemas da vida real através de um produto ou serviço de carácter inovador.
Uma startup tem de ser tecnológica?
Esta é uma questão muito comum neste mundo empreendedor. A ligação entre este tipo de empresa e tecnologia provém da década dos 90, pois o tipo de startup mais comum eram empresas “dotcom”.
Embora a grande parte das startups existentes na atualidade serem do caráter tecnológico, o conceito não é exclusivo para estas. A essência da startup é a procura de ideias inovadoras que atinjam drasticamente um número elevado de pessoas.
Tipos de startups
Após esclarecida a questão sobre o que é uma startup, está na altura de identificarmos os vários tipos de negócios que estas podem apresentar. Devido ao aumento de procura deste mercado, é necessário que os futuros empreendedores saibam que tipos de startups existem e em qual a sua ideia se enquadra.
De acordo com Steve Blank, um conceituado empreendedor da Silicon Valley, existem 6 tipos diferentes de startups:
Lifestyle Startups
Fundadas por empreendedores que trabalham para eles mesmos no que mais gostam. Exemplos destes são freelancers ou web designers, que têm paixão pelo seu trabalho.
Small Business Startups
Pequenas empresas em que o dono segue objetivos menos ambiciosos, a fim de proporcionar apenas uma vida confortável para a sua família. Exemplos destas são salões de cabeleireiro, mercearias, padarias, entre outras.
Scalable Startups
Fundadas por empreendedores que acreditam desde o início que podem mudar o mundo com a sua ideia de negócio e portanto, preocupam-se em encontrar um modelo de negócio escalável e repetível de modo a chamar a atenção de investidores para impulsionar o seu negócio. Exemplos destas são a Google, Uber e o Facebook.
Buyable Startups
Estas empresas nascem com o objetivo de serem vendidas a grandes empresas após atingirem resultados positivos que chamem a atenção destas. Este tipo de startup é muito comum em empresas de desenvolvimento de soluções web e mobile. Um exemplo desta foi a compra do Instagram pelo Facebook.
Large Company Startups
Estas empresas têm como principal objetivo a inovação e têm uma duração de vida limitado. As empresas enquadradas nesta categoria desenvolvem produtos ou serviços revolucionários que se tornam rapidamente reconhecidas pelo mercado. Contudo, devido a alterações do mercado, das preferências dos utilizadores, pressão da concorrência, estas empresas tendem a criar novos produtos inovadores para novos utilizadores de diferentes mercados.
Social Startups
Por fim, existem empresas cujos empreendedores querem fazer a diferença na sociedade e tornar um mundo melhor. Assim, o objetivo principal não é obter fins lucrativos, mas sim, contribuir positivamente para a comunidade. Um exemplo são as instituições de caridade ou beneficência.